Lei propõe acelerar uso de combustível renovável na matriz energética brasileira
A agropecuária é um dos setores beneficiados pela Lei do Combustível do Futuro, aprovada pelo presidente este mês, dia 8. A norma propõe que o Brasil comece a acelerar a utilização do produto renovável na matriz energética brasileira, com maiores investimentos no etanol, biodiesel, diesel verde, biogás, biometano e do Combustível Sustentável de Aviação (SAF).
Segundo reportagem da Folha de São Paulo, o Conselho Nacional de Políticas Energéticas (CNPE), com normalização e fiscalização da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e demais agências, criará metas para a redução de emissões de gases do efeito estufa nos combustíveis.
“Considerando o percentual do hidrato em 24% em todo o país, o analista da Consultoria Agro do Itaú BBA, Lucas Brunetti, acredita que haverá uma evolução de 2,5% ao ano no consumo do ciclo Otto no Brasil – tal ciclo representa o funcionamento de motores de combustão interna”, diz a matéria.
O especialista explicou na reportagem que o consumo total de etanol deverá ter um acréscimo de 9,5 bilhões de etanol anidro em 2037, com 4,9 bilhões advindo de misturas.
“E ainda, com a mistura de 25% no biodiesel até 2037, a previsão é de 13,9 bilhões de litros, visto que há uma estimativa de aumento em 1% ao ano na mistura do biodiesel ao diesel, até chegar a 20% em 2030. O analista também prevê alta no consumo de biodiesel em 13,9 bilhões de litros. Já o óleo de soja teria um aumento de 9 milhões de toneladas, chegando a 15 milhões, em 2037”, diz a matéria da Folha.
Vale destacar também que “a meta de redução da intensidade de carbono começaria com 1%, em 2027, e seguiria até 10%, em 2037. Já a queda de emissões no uso de biometano inicia em 1%, em 2026, e o patamar máximo é de 10%, sendo necessários projetos em usinas sucroalcooleiras equivalentes a aproximadamente 410 milhões de toneladas de cana moída por ano”, diz a Folha de São Paulo.