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Produtores apontam resultados com tecnologia que utiliza água para minimizar prejuízos causados por geadas

Existem diversas tecnologias que beneficiam os produtores; conheça

As geadas são fenômenos atmosféricos devastadores para a agricultura, causando a morte parcial ou total das plantas devido ao congelamento dos tecidos vegetais. Este fenômeno pode provocar rompimento das paredes celulares, queimadura das flores e/ou dos frutos e danos ao solo, resultando em grandes perdas para os agricultores.

A gravidade das geadas para a agricultura é bem conhecida. As plantas são suscetíveis ao congelamento, o que pode causar danos irreversíveis, como explica Geferson Reis, especialista da Netafim: “A geada pode causar alterações físicas na estrutura das células das plantas que, em muitos casos, congelam. O congelamento pode levar ao rompimento da parede celular até a morte parcial ou total da planta.” De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), só de 10/06 a 10/07/2024 foram registradas mais de 30 incidências de geadas. Esses números ressaltam a importância de medidas eficazes para mitigar os impactos das geadas nas colheitas.

Existem diversas tecnologias que beneficiam os agricultores, e a Netafim desenvolveu um sistema de irrigação por aspersão específico para proteger plantações contra geadas. Segundo Reis, “o Aspersor MegaNet e o Regulador de Pressão formam a dupla perfeita para mitigar os efeitos da geada. Esses componentes são instalados de 50 a 80 centímetros acima da copa das plantas.”

Reis detalha o processo: “O objetivo é molhar as folhas das plantas durante todo o período de risco de geada, antes que ocorra. Quando molhamos as partes vegetativas, a água congela ao redor das plantas, formando uma espécie de ‘iglu’, onde a água não congelada faz a proteção, mantendo uma temperatura confortável dentro dessa estrutura de gelo. A água ao redor do fruto, das folhas e do caule não desce abaixo de 0ºC, enquanto o gelo pode atingir temperaturas mais baixas. Quando o sol sai e a temperatura sobe acima de 0ºC, mantemos o sistema ligado até que tudo descongele, evitando danos à plantação.”

Atualmente, produtores de frutíferas, que têm maior valor agregado, são os que mais optam pelo sistema. Culturas como pêssego, ameixa, uva e maçã, que têm ciclos críticos durante o inverno, podem se beneficiar enormemente desta tecnologia. “Estamos falando de culturas com alto valor agregado. Por exemplo, o pêssego tem, em média, um rendimento de 30 toneladas por hectare. Em caso de uma geada onde o produtor perca sua produção, o valor total por hectare dessa fruta pode ultrapassar R$ 120.000,00 de prejuízo. Portanto, um projeto anti-geada tem um custo-benefício baixo”, afirma Reis. Outros métodos de prevenção, como fogueiras ou uso de aminoácidos, podem não ter a mesma eficácia e facilidade de manejo.

O especialista da Netafim destaca a conveniência do sistema: “Os produtores gostam de ficar vigilantes em épocas de geada, mas o sistema tem a possibilidade de ser totalmente automatizado, proporcionando tranquilidade e segurança.”

Eduardo Joaquim Riva, produtor de Caxias do Sul (RS), conta que se surpreendeu logo no primeiro ano de uso do sistema: “No ano passado, junto com a Agrimar e a Netafim, a gente fez o investimento em torno de três hectares e meio do sistema de anti-geada. No primeiro ano, na primeira safra, a gente já teve o retorno do valor investido. Foi muito interessante e com certeza vou utilizar em outras áreas”.

O MegaNet da Netafim é um aspersor pop-up, o que significa que seus bocais e partes móveis ficam sempre protegidos, evitando a entrada de insetos e outras sujidades que possam vir a entupir os bicos e prejudicar o seu desempenho. Feito de materiais com proteção contra raios ultravioletas (UV), ajuda a preservar a integralidade do aspersor ao longo do tempo, garantindo durabilidade, uniformidade e eficácia mesmo com o passar dos anos, independentemente das condições climáticas.

O MegaNet, quando utilizado acoplado a um regulador de pressão, torna-se autocompensado. Isso significa que, independentemente da topografia ou da variação da pressão ao longo da tubulação lateral, é capaz de manter uma distribuição uniforme de água em toda a área.

A família do produtor Renato Junior Perazzoli, da Fazenda Perazzoli, localizada em Pinheiro Preto (SC), está na fruticultura desde a década de 90. Ele compartilha sua experiência com o sistema: “Estamos utilizando o MegaNet há dois anos e estamos muito contentes com os resultados. Instalamos com a Irrigabras e a Netafim e nós preferimos o aspersor MegaNet pela função anti-insetos. Alguns dias atrás tivemos uns episódios de frio e a temperatura chegou a -3 graus. Usamos o sistema e foi sensacional, foi um aspersor que caiu como uma luva”.

O produtor falou ainda sobre a expectativa para os próximos meses: “Estamos otimistas com essa próxima safra, mesmo sendo uma safra que já vem se desenhando desafiadora desde o início. Os frutos que já estão aparecendo estão com ótima qualidade e o nosso sistema da Netafim está aí para garantir a proteção contra as próximas geadas, se vierem”.

 

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